sábado, 28 de novembro de 2009

Semântica

O significado da gíria paulistana mais utilizada ultimamente: 


IRADO: adj.1. Dominado pela ira, encolerizado.2. Fig. Revolto, tempestuoso. 


Não é estranho designar como IRADO algo que foi ou está sendo bom, de qualidade, interessante, criativo ou gostoso? 
Não faz sentido, ou não fazia (pretérito perfeito)! Porque na semântica vale a voz do povo, já dizia algum sábio ha alguns... não sei quantos anos:  'a voz do povo é a voz de Deus'! Quem é Deus mesmo? 


Só faz sentido o que faz parte do universo dos teus significados.

Sobre asas e flores e sobre o querer.

Quero ter um par de asas que atravessem o tempo pra te oferecer um sorriso atemporal, desses que um canto de pássaro pela manhã retráz à memória. Quero acordar com mansidão e segurar o tempo entre as mãos pra olhar o sol no céu a brotar desapressado. Quero um dia você ao meu lado.

Entretanto, a manhã amanhece, olhos abertos, pés nos sapatos, saída pela direita, passos largos, chave, senha, luzes, janelas abertas, campainha, ...,  entrando no palco do cotidiano, em cena no espetáculo do dia que nasceu enquanto o tempo fugia de mim, ou eu fugidia do tempo.

[...]


O azul claro do céu se desvanece, me escapa aos olhos ao tornar-se breu, ..., e fez-se um dia que não vi passar, pelo qual corri passando as horas a planejar um outro dia que o tempo trará.

Quero ter um campo de flores que larguem pétalas de tantas cores ao vento, quero cheirar o sol, quero mo vi men to, quero o perfume inebriante dos jasmins, o vermelho escaldante das rosas, o encantador amarelo dos girassóis. Quero olhar nos olhos, falar baixinho, repirar profundo o ar do descampado. Quero um dia estar ao seu lado.


Todavia, a noite anoitece soturna, portas fechadas, pés descaços, roupas pela casa, um banho suave pra repousar do dia, ..., pensamentos aglomerados, fome, sono, desencanto e encantamento, um confrontar constante nos bastidores das faculdades da razão a julgar os impróprios atos de tanto querer e não realizar.




quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Corpo celeste que orbita um planeta

Ontem a lua estava a engolir o céu.
Estava impossível não usar exclamações...
A lua cheia, inteira, não quebrada,
por que lua quebrada é o céu que engole.
Ontem me perguntei:
porque a lua fica laranja?
E quase eu quis ter a lua só pra mim.







terça-feira, 27 de outubro de 2009

Prefiro flores a chocolate.

Quando o Homo amábilis predominar sobre a Terra os sorrisos serão mais largos e os suspiros mais profundos, as saudades mais intensas e as pessoas mais apaixonantes.

Às flores do meu jardim que se multiplicam a cada dia, todo carinho que cabe no espaço entre o semear e o desabrochar, no tempo entre o primeiro olhar e a primeira sensação de saudade.

Para matar ou aumentar as saudades de uma parte desse jardim...quero mais flores aqui por perto na próxima temporada. estou pensando em alterar o nome do evento para Evento Gregário 'DeRose Amábilis'. Que tal?





No próximo ano aproveitaremos o verão! Jájá.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Frescor

Meus desejos nos teus escorre,
ferpa me rasgando a pele,
espera que me consome.
Encontro fresca nas frestas do teu amor.

[2005]


Contato

Compactuo con tu olhar,
say lágrimas.
Se anoitece, see lua.
Clareando, will nua.
Now and infinitly, sou tua!

[2005] muito Caetanesco...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A vida na barriga

A vida na barriga já era divertida.



As asas da saudade não alcançam o céu








Certa vez ele me disse:


- Tá vendo aquela estrela?
Quando sentir saudades olha pra ela...

Estou olhando, mas as asas da saudade não alcançam o céu...

Eu sempre fui colorida


Sólidas horas

Quando os ponteiros fogem
as horas param
as coisas ficam
os retratos se apagam
um vazio se estica

Quando as horas fogem
as coisas param
os retratos ficam
as pessoas somem
so li di fi ca

[2004]

Questão X

E se aponte do amor quebrar?
Você sai nadando ou se põe a voar?

Para minha irmã, um amor sem tamanho.

                                    HIDROCOR[...]


 

Ao cantar
colori
uma ilusão


em te ver
  in  ver  ti 
  meu coração



De flores e asas IV




eu num sou passarim
pra viver cantando
mas estou a voar
por te ver passando

Tric-trac

As horas do meu relogio não passam como as do seu.

canção solitária


As metáforas do meu Eu
são burburinhos sem fim
são as estrelas do mar
são as florinhas do jardim

A lua de dia
o sol que se esconde
o sapato no canto
o gigante elefante

Um anseio que vem
e passa...

[2007]

De flores e de asas III

Ave vibrante de voô amarelo
será que te vejo, te sou ou te quero?
Pluma suave de leveza cintilante,
azul aquarela, vermelho berrante,
se um dia te fui, te vesti.
Assim brincava de ser outras,
de estar em outros mundos
até cansar de não me ser.


Guarda-Napo com hifén

Guardo uma chuva de lembranças mudas
no criado em mogno com pernas torneadas
que repousa num quarto do espaço 
das minhas memórias.

sábado, 10 de outubro de 2009

O que é o sono?

Dormir? Para quê? Vamos continuar aqui a escrever!



"Amizade é amor que nunca acaba...e nunca se sabe quando começou..." Um fato cinematográfico!

E quando você descobre que alguém que conheceu 'ontem' te acompanha há muito mais tempo do que vocês imaginavam?

Estiveram por 10 anos caminhando lado a lado e só se encontraram ao olhar para o Essencial ao mesmo tempo, em outra cidade, outro momento, outras circunstâncias.

Nádi, esse é para você...e para o universo que conspira desde há muitos anos para o florescer da nossa amizade.

URDIDURA DO  UNIVERSO - conspirando a favor da amizade.

1 - As Meninas

No ano de 1995, estava Nina cursando a 8ª série do primeiro grau na escola Estadual Santos Dummont, na gigantesca cidade de São Paulo, e lá, em alguma sala ao lado, uma outra Menina que ali estudava desde bem pequena.

O ano de 95 marcou a existência de Menina Nina com fatos trágicos (mas essa história é para outro dia), enfim, fatos que a fizeram permanecer ali por apenas um ano...em que Nina e a Menina ao Lado compartilharam longos momentos de diversão adolescente,  passeios, festas culturais, recreios, amigos, formatura de 'primeiro grau', só não compartilharam o olhar, naquele momento nem se aperceberam da existência uma da outra.

As Meninas se distanciaram espacialmente, Nina foi morar no interior do estado de SP e Menina  ao Lado, companheira de estrada, também se mudou com a família para uma cidade menor, não a mesma - isso seria extremamente impressionante - mas uma cidade quase ao lado.  (note que até aqui elas conviveram intensamente, mas não aproximaram seus olhares, ainda não nasceu a amizade)

[...] Poucos anos se passaram [...]  

2 - As meninas tornam-se jovenzinhas.

Colegiais...cursinhos...vestibulares...porque razões teriam as Meninas Moças optado pela mesma universidade?

Meados do ano 2000,  o século XXI se aproximava, grande expectativas, o que seria das Jovenzinhas Visionárias que tão cedo decidiram trilhar a estrada do autoconhecimento partindo em busca de uma  identidade própria? Afrouxando os laços familiares e correndo  na estrada do inesperado...a juventude percorrendo os dias no Centro de Ciências Humanas de Universidade Estadual ... uma cursando Artes, a outra, Letras. Novamente o que as separava era um pequeno espaço, o espaço do tempo de amadurecimento da visão do Essencial, o espaço de alguma parede, e as vezes nenhuma, o espaço do silêncio de amadurecer.

As Jovenzinhas de nossa história, nestes tempos universitários, compartilharam muitas vezes mais. Amigos, festas, músicas, viagens, paqueras, ideais, compartilharam profundamente o precioso silêncio dos que se sentem estranhos no universo presente. Cresceram, a Jovem do Lado teve uma linda Bebezinha, uma nova família se formara, ela estudava latin em suas Letras Vernáculas, já a Jovem Nina se aventurou pelos palcos teatrais da cidade, se embrenhava em Stanislavisky e Grotowski, os russos teatrais, com vestígios clownescos tirou riso e lágrimas....Caminharam pela mesma estrada, uma em cada margem, plantando e colhendo diferentes flores.

Ano qualquer do novo século, dia qualquer no calendário, as jovenzinhas chegam àquela parte da estrada em que se deve escolher, ir para um lado ou para outro, o caminho se bifurca ... silêncio profundo...

[...]  

3 - Juventude estendida.

Vasculhe sua memória caro leitor, lembre: não eram jovens quaisquer, eram visionárias, queriam encontrar um mundo no qual sentiriam prazer em compartilhar, no qual poderiam abrir suas asas criativas e expressar as luminosidades que carregaram desde cedo dentro do coração e também da razão, um universo no qual todas as pessoas estivessem dispostas a vivenciar grandes transformações, em prol do bom relacionamento entre os seres humanos.

O caminho escolhido pelas jovenzinhas foi então, o inesperado, o de dentro, o jardim mais colorido, perfumado e resplandecente que permeava o lado de lá e o lado de cá. Um caminho  densamente florido e encantador. No entento de descortinarem seu universo interior as Meninas, Jovenzinhas...Mulheres, enfim conectam-se à existencia mútua, se olham, se comunicam, se observam, se aproximam, enfim  deixam brotar a amizade.

 (Enfim a amizade)

4 - No caminho do auto conhecimento.

Tendo travado contato com uma filosofia ancestral, de raízes matriarcais, sensoriais e desrepressoras, descobrem o que os seus momentos de silêncio há tanto desejavam encontrar...

..que ao movimentar suavemente as Mãos, em Gestos Libertadores, abririam espaço sutil e suficiente para transmutar seu interior e percorrer este novo rumo desconhecido porém encantador. A cada novo gesto a feminilidade vem ainda roçar seus corpos, despertando a consciência do sentir. Cores e luzes transbordam de seus pensamentos, em agradecimento ao instante vivenciado, ao jardim e aos que por ele passaram semeando  lírios, rosas, jasmins, tulípas e todo tipo de delicadeza.

[..] Desvendando universos interiores encontram seu essencial [...]

O olhar da Menina de lá encontrou o olhar da Menina de cá e sem saber que antes já haviam caminhado juntas, observam elementos externos, extrovertidos, verbalizam, vocalizam, extravasam e vibram, agora juntas, mãos unidas, já podem fechar os olhos, nunca mais se  perderão.

Tornam a vislumbrar a essência, vibram em ressonância consigo, com o Lá e com o Cá. Sentem a brisa, e a tomam para si, tornam-se a brisa, o vento e o vendaval. Sentem o calor dos raios de sol, dinamizam, transformam, expressam, multiplicam, emanam seu próprio calor iluminado e seguem num dançar fluido como as águas, firme como as rochas, leve como o vento, denso como o solo, intenso como o fogo, suave como o efêmero etéreo ... assimilam, reverberam ...

Voltam o olhar para dentro de si e lá encontram uma à outra, porque assim, na essência, são parte de um todo são o mesmo, são unas...apesar de do lado de fora ocorrerem intensas e suaves diferenças...


Uma homenagem ao tanto que eu te gosto, após 4 anos de amizade construída cautelosamente, desde que resolvemos saltar com os dois pés, a cabeça e tudo o mais no que hoje chamamos de Nossa Filosofia, quem diria que  um dia desses, sabe-se lá por que razão, (talvez razões nem expliquem esse tipo de acontecimento)  descobrimos que há mais de dez anos já havíamos estado nos mesmos lugares, com os mesmos amigos, na mesma escola, na mesma formatura, nas mesmas cidades, nos mesmos registros dessa época de infância adolescente...e depois na universidade...e enfim na escola do Método que hoje praticamos e ensinamos.

Até parece uma história inspirada na vida de Santos Dummont, com suas idéias libertadoras de ver o ser humano voando como os pássaros.


Anica Rocha
Instrutora do Método DeRose, a Nossa Cultura.

"Por uma reeducação comportamental que contempla essencialmente o bom relacionamento entre os seres humanos e tudo o que está relacionado a isso".

Continue a voar.

E quando você descobre que não sabe quem era porque hoje não é mais aquela?

 

Eu sou o sabiá 
que fugiu da gaiola      

e não quer voltar.

Continue a nadar.

E quando você descobre que o universo conspira a seu favor?





Reme, reme, reme o barco,
reme pelo rio.
Alegre, alegre, alegre,
a vida é sutil.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Até onde o seu olhar alcança?

Voltando a falar em opções...

teste da banheira

Em um hospital psiquiátrico, um visitante perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?


O diretor respondeu:

- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.


- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.


- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

 
Dedicado a todos que escolheram o balde,
a vida tem muito mais opções.






Piadinha tola, mas o que você escolheu?
Aproveite, e chute o balde!


Dia desses eu falo sobre chutar o balde...


sábado, 3 de outubro de 2009

Ah, as opções...

Em momentos de decisões importantes o coração fica apertado...
quando se diz sim pra algumas coisas, outras vão ficando de lado...


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Lá lá

Lá lá Land é o meu jardim.
A Terra do Sempre,
das infinitas possibilidades
de o dia de amanhã ser mais feliz.



Bem vindo a Lá lá Land! Lar doce Lar.

Missão Lá lá:
Estruturar uma cidadela com base nas melhores ações mapeadas, já colocadas em funcionamento em toda e qualquer parte do Planeta Terra.


Visão: 
Estabelecer a prática constante do bom relacionamento entre todos os seres humanos e tudo o que está relacionado a isso. 
 
Passo I:
Esclarecer as bases éticas universais aos que desejarem pousar e conviver em Lá lá Land - (breve em um novo post)
Postular o axioma Nº 1 de Nossa Cultura que diz: Não acredite!
(Oriente-se e busque o conhecimento, a todo instante)


Passo II:
Mapeamento! Conto com você, um dois três e já, quem chegar primeiro espera ajuda o outro chegar.


Território:
o SEU local predileto!


Nos próximos dias, meses e anos serão mapeados e aqui registrados o que há de bom, de bem, de belo e encantador neste pequeno mundinho denominado Terra.


Características naturais, construções, ações ambientais, cultura, economia, geografia, agronomia, educação, artes, infinitas possibilidades para tornar o seu lugar melhor e mais feliz a cada dia...


Convido você a compartilhar conhecimento, indique, invente, descubra e reconte: O que há de bom ao seu redor?


Traga para Lá lá Land o universo que mora dentro de você.


Seja seguidor, comente, assine, divulgue, replique, 'vamos de mãos dadas' transcender o mundo imaginário com as pequenas notáveis realidades que estão em ação por aí.


Observação: Qualquer semelhança com a 'Nossa Cultura', não é mera coincidência.


"A egrégora se alimenta das mesmas emoções que a criaram" (Tratado... DeRose) 
Compartilhando conhecimento: 
Sobre 'Karma coletivo e Egrégora' - http://migre.me/89m1







Anica Rocha
Instrutora do Método DeRose, a Nossa Cultura.

"Por uma reeducação comportamental que contempla essencialmente o bom relacionamento entre os seres humanos e tudo o que está relacionado a isso".

Contemplação = Com Tempo Para Relação.

De braços abertos para te encontrar por aqui,       entre metáforas, versos e rimas.                       Entrelinhas e em citações.    

Contemplo a essência de mim no marejar dos teus olhos a me observar. 

A janela está aberta é só entrar.


 


 

 

 

 

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Manifesto Literário: A SÍNTESE

Poetizar é traduzir o olhar em metáforas.
Relatar é calar a boca da alma, (as vezes é preciso).
Cronicar é uma gangorra entre o sentir e o pensar.
Dramatizar é um desfrute do desejo de agarrar o universo das possibilidades expressivas.

Quando se vê...

Le monde est petit  
when you see,
sono tutte in un unico luogo
están todos en un solo lugar   
sind alle an einem Ort 
Oui, tous.    

Arroubo

Quem roubou? Eu ou você?
Vamos repetir pra tentar entender.


De flores e de asas II

Na arte de reconhecer
no ato de desnudar
na bravura em transcender
demoradamente me empenho em cuidar de mim.


Progresso aveludado

Ontem o sol dormiu sob a minha janela
quando voltou a nascer, pela manhã,

a primavera choveu em lilás e amarelo
um vento frio desejou-se de mim
despedi-me de quem hoje não sou eu.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Movimento insinuante

A arte me rebela.
Posso falar de flores ou falar da morte,
hoje escolho a primeira opção.

Mas a morte é transformadora, assim como as flores.
Não se morre apenas uma vez, eu morro um pouquinho por dia
e assim como as flores estou sempre a brotar um novo ramo.
Um pouco de vida nova todos os dias.

Minha rua tem versinhos e lombadas.

Ah se essa rua fosse minha, eu não mandava, não. Ladrilhava com pedrinhas de brilhante, com amarílis, astroméias e celósis, semeava só pro meu amor passar.
[...]
 - Cadê o anjo que morava nesse bosque?
 - Cansou de um bosque cujo nome é solidão.
[...]
No silêncio sólido da madrugada roubei o nome dele da canção,
o tal bosque agora vai estar sem nome, enquanto eu estiver sem coração.
[...]
Entre um verso e outro um vendaval.
Entre um dia e outro você.
Entre nós uma longa estrada.
A estrada de Óz.
[...]
Quando eu chego em casa
a casa não está.
Como pôde a casa
fugir do seu lugar?
[...]


A Senhora de Si e a Nossa Cultura.

Engraçado a própria 'Sinônimo' só ter oposição. Ela só tem 'Antônimo', a si mesma não tem, não. Será que não se identifica ou não quer ter relação?

'A Sinônimo' é toda senhora de si, por vezes pensa que vai se casar, mas logo vem outra e ela esquece o que estava a pensar.
Assim vive essa distinta senhora, a prórpia cupido do universo letrado, sintoniza uma palavra aqui com outra acolá e pronto, quando se vê já estão harmonizadas, uma diz amor a outra diz apreço, e Senhora Sinônimo mais uma vez fez um par acontecer, sintonizou a existência de dois (seres/objetos/palavras/pensamentos), combinou em harmonia recíproca as afinidades captadas. Vive assim disseminando a felicidade do encontro.
Senhor Antônimo já fez o oposto, disquitou-se e foi embora, por onde passa ainda provoca suas contrariedades.

Mas fique tranquila Senhora Sinônimo, estamos aqui hoje para encontrar uma solução para sua tão extensa solidão...lhe apresento o Senhor Sincrônico...fiquem a vontade... penso eu que têm muito em comum, senão o fato de significar, ao menos o prazer de coexistir...tá bem, estou saindo de fininho, pulando a janela de volta pra casa, não vou espiar...tá bem, vou deixá-los a sós, à sorte de um bom entendimento...

No dia em que permitirem o casamento da Sra Sinônimo com o Sr Sincrônico o universo das comunicações estará a salvo dos maus (entendidos).



Anica Rocha
Instrutora do Método DeRose, a Nossa Cultura.

"Por uma reeducação comportamental que contempla essencialmente o bom relacionamento entre os seres humanos e tudo o que está relacionado a isso".

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Resgatando textos da Arca da velha...

E produzindo pequenas novidades ... Meu grupo de produção textual: eu e meus miolos!...

Quero ter mais opções, alguém sabe aonde posso comprar? Me vê 150 gramas de opções, Seo Moço! 

Ah, com opções é mais caro? (Os mentes sujas já estão pensando besteira)

Outro dia eu quis comprar dois abraços, ninguém me soube informar aonde encontraria, pensando cá com meus miolos e suas praxes lusitanas, quiça  num armazém de minha infância, bem acondicionados entre um bom dia e um até logo?

Abraços daqueles bem espontâneos, dos que não custam nada, dos que vem de brinde, abraços quentes em dias de olhar distante, desses que trazem de volta o sorriso, abraços com palavras (e pra esses não tem desculpa da 'lonjura'), abraços desses que queremos mais, abraços com ternura, abraços de compartilhar a alegria, abraços de boas vindas, abraços de compartilhar o choro, e de disseminar o riso, abraços apertados e soltinhos, abraço de dançar, abraços entre olhares, abraços com cafuné e abraços com cheiro, abraços desses que dão em crianças, abraços de ir e abraços de voltar... prateleiras cheinhas de abraços de abraçar a qualquer hora, abraços do seu jeito e do meu. Lá numa daquelas cidadezinhas de nome de pássaro onde eu morei em criança, lá no armazém da esquina em que eu chegava sobre duas rodas (mais duas rodinhas) de uma bicicleta vermelha com cestinha de fundo infinito, para levar para casa o aconchego de sorrisos receptivos e abraços de braços pouco conhecidos mas sempre calorosos...abraços de um coração para outros...abraço de vizinho, de cumpadre, de cumadre, de pontos de ônibus...há não muito tempo os dias eram mais repletos de abraços...eu ainda me lembro.


Em alguns dias volto a falar das opções, estou discutindo com meus miolos a respeito delas.


Ser linear - Delinear

Sou ao sentido da visão, 
aquela que seu olhar alcança;
à sua audição, palavras sussurradas
(na memória quando não estou contigo);
ao seu olfato, a flor branca que brota nas primaveras
e chove em pétalas no outono, nas calçadas, nos quintais...
Para o tato sou apenas quando estás comigo - ainda que em pensamento.
Ao paladar serei eternamente ou enquanto durar, um gosto subjetivo e uma pitada de desejar.
Sou ainda seu sentido mais sutil e refinado
na abstração de ser, estar e de sentir,
sou a sua intuição, se almejar estar comigo,
ou sua saudade, se assim me interpretar.

Do bem-te-vi ao beija-flor

O beijo é um exercício tátil que exprime amor, carinho, amizade, simpatia, respeito.
Tentativa de acesso à intimidade alheia, contato com tato, não verbal (de quando em vez, sonoro), por vezes abstrato, por outras um relato.
Calorosa expressão do gostar, do estar feliz em com Tal estar.
Os beijos pois, representam!

Lado Moleca

MEU LADO moleca
No cadarço trocado de um all star.
Nos nós dos cabelos sem pentear.
No brinquinho de morango.
Na vontade de brincar.
No Olhar, meu  lado mulher.

Janelas

Estive entre a vida e o devaneio
Lá onde mora a agonia
Agora que voltei,
colhi esta rosa amarela pra você,
em desculpas pela minha longa ausência.

(em algum lugar em agosto de 2005)

sEMhORA

o CÉU num mesmo tom passou o dia,
   depois, por vontade da noite escureceu.
      Se depensesse dele, passava o dia mudo,
no tom cinzasilêncio que nem o sol veio espiar.


(Em Barão Geraldo-2005)

Riminha no ar

Segredaram-me um mistério encantador
ao regalo do sorriso de um luar.
Uma estrela ao assistir me fez jurar:
segredo é segredo,
você nunca ouviu falar...

Ao pé da Letra

Quebrei o pé da rima
pra parar de liricar
Poetizei na madrugada
porque não sei crônicar

(H) A um certo alguém

k Ama

Delícia corporalmamente desperta
em suaves sensações.
Entre A essência O senso e o sentido
pousam desejos confidenciais.

(2005)

Improviso Noturno ou Melodia da Lua

Insônia instigante.
Movimento incontido,
inconstante,
inconveniente
neste instante.


Insiste incessante.
Mentalmente fascinante,
insolente, insinuante.
Producente
e circunstancial.


Viparíta

Ao te ver
virei do avesso
pra não te querer.

Selecione o poemeto para visualizar o misterioso Viparíta.

Eu Lírico zero

Oh!
Hoje, de poucas palavras.

sábado, 1 de agosto de 2009

Primeira vez.

Aconteceu uma coisa comigo dia desses , pela primeira vez...sobre dizer eu te amo...Pela primeira vez as palavras brotaram como resposta a um sentimento que alguém cativou e cultivou, pela primeira vez não pensei se deveria ou não dizer, se era cedo, se era precipitado, se era certo ou errado, pela primeira vez nasceu a palavra à língua, em várias línguas nasceu o sentimento porque foi plantado...Pela primeira vez depois do primeiro amor, que esse a gente nunca esquece. Pela primeira vez depois de mãe e pai, que esses plantam o amor na gente ao plantarem a gente com amor e regar de carinho pra crescer bonito e forte. Pela primeira vez depois dos amigos que são amor permanente... Nasceu um jardim de amor que como todos os jardins precisa de cuidados para continuar florindo...pela primeira vez pouco importa saber se será a última vez...pela primeira vez a cada instante e cada gota de orvalho o sorriso se renova (não desgasta)...dia desses outras coisas acontecerão pela primeira vez...mas sobre dizer eu te amo essa foi a primeira vez.