quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Escrevendo uma carta de intenção

A mim, carinhosamente.

Estou a guardar o que é de outrem contra a vontade deste,
sendo que outrem sou eu mesma, tolhida por motivos da razão imposta.
Sem movimento, enclausurada no corpo do tempo.
Sem tal conhecimento, detida no espaço do corpo.

Necessidade imperiosa de dar existência aos impulsos criadores, expor não somente em palavras escritas, mas o corpo em arte, o corpo em movimento, dar consistência às faculdades da razão, que julguem sim os próprios atos sem recato ou desacato.

O Eu que ainda não sou, deseja atuar iperiosamente, transgredir impossibilidades, ceder aos impulsos do coração.
Ceder aos impulsos do coração...ser capaz de dar corpo ao texto e texto ao corpo...

Sinceras intenções para o ano que se inicia.


pensando em corpo, memória e micropercepções...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tanto querer

Serenando a natureza selvagem de querer correr na chuva todo dia, de querer rolar na lama, de querer voar por aí e pousar em galhos alheios vez ou outra, de querer ver o mundo agora, de querer cantar bem alto na rua, de querer estar com os pés no chão e as asas no céu, tudo ao mesmo tempo, de querer você e de não querer...de querer a neve, a lua, o sexo, a proza noturna, a poesia rasteira, o riso à vontade, a cara inteira, não a metade...serenando o tanto de intento que mora em mim.