sábado, 30 de novembro de 2013

Diálogo Dissolúvel: Esperanza ou Rabo de Lagartixa.

- Uma mulher capengava de uma espécie de flor aberta dentro dela. Um buquê alegre que agora se dissolvia. Vinha pingando oceano, com a alma vazia. 


- Que o mato não tome conta do seu abandono! Quando foi que ela parou de cantar?


- Borboletas incendiaram seu corpo e seus chapéus. Ela se costurou com águas frias. Perdeu-se nas chuvas de dezembro, desejando um dia de pássaro ganho. Pouco a pouco as dores viraram vento e história. As memórias inconsoláveis, feitas de rochas e de nuvens, floresceram como loucas. 


- Oh, céu sem prateleiras! O que é feito de pedaços precisa ser amado! (De Manoel de Barros)


- Em tardes frias, sai de dentro dela mesma pela porta da frente, distribui flores de brisa na sarjeta do desamparo. Morre e vive um tanto por dia, esvaindo palavras febris. No rodado de seu vestido de pétalas de tormento, tudo nasce e dança. 


- Ninguém é mãe de um poema sem morrer um pouco, quanto mais transparente a poesia, mais a morte se anuncia. Palavras fazem miséria! Quando foi que ela começou a escrever? (E parou de cantar...[em pensamento])


- Só se sabe por emanações. Não lhe incomodam as coisas inúteis, como se a vida não tivesse utilidade alguma pra além dela mesma. Já a ouviram murmurar desencantos, contando estrelas de asas abertas: - Quem sou eu diante das palavras que me habitam?, dizia.


- Pouco a pouco as mágoas viram água...e memória. Quem morre uma vez, morre mais, a dor se configura em paz, o amor é bicho que se refaz, o amor é rabo de lagartixa, rapaz!






Inspirado em 4 goles de poesia:


Minha própria vida, que fala por si;

Um terço de livro de Manoel de Barros, folheado hoje;

O Clipe Calle 13, Latino América, apresentado por um amigo canceriano;

O Filme Elena, que me fez chorar.



Ana, a Rocha, o vento, a chuva, a flor... Amo  r  te, Á vida, o mar, AR.

30/11/13 * 28/07/14



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ensaio sobre o afeto canceriano.

Existe um tipo de afeto, intenso, delicado, de entrega profunda, que só um canceriano sabe conceder, um alguém constantemente apaixonado pela vida que vê nos detalhes do relacionar-se, razão de ser. 

Ama a afetuosidade em si mesma,  oferece um afeto dissuadido do indivíduo que irá recebê-lo, desinteressado de passado ou futuro, afeto de presente puro, afeto daqui ao Japão, afeto de fato, chega potente, brasa de vulcão.

Afetuosidade que escolhe sim, o onde ou a quem, mas sem dividir-se, atravessa a noite e o amanhecer, não cessa de florescer, fica suspenso provocando nuances de bem querer...

bem querer...


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O que me TOCA, o que me MOVE.

Aos meus encontros e reencontros presentes, 
 

O que me TOCA, tem já, antes do encontro, ruído interno, tato, conexão.

O que me MOVE, habita desde sempre, um canto da mente, um ponto do corpo, decerta expressão.

Ainda que por muito, silenciosa, comunico no micro da cotidiana pulsação.

Encanta-me o contato comoção, olhar ternura, falar suave, sentir convicção, encontro canto, encontro conto, encontro agitação.

O que me PROVOCA me coloca em ebulição, transpiro e suspiro inspiração. 

Ainda que por muito, silenciosa, declaro no macro, incontida satisfação. 


com amor,

Ana, a Rocha, a chuva, o vento e a ação. 

sábado, 19 de outubro de 2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Simpli.cidade, minha natureza.

Cruzamos um parque lindo hoje, de ponta a ponta, patrimônio natural da humanidade, floresta de pássaros e borboletas incríveis, veadinho bebe na beira da mata e flores que nunca vira antes...a solidão da floresta é encantadora, preenche o coração.

A música foi do vento e dos cascalhos da estrada.

As nuvens acolheram o sol pra nos proteger, a brisa soprou de leve pra refrescar sem surpreender.

Muita água, petiscos e conversas esparsas.

Um pássaro de azul intenso passou ao meu lado, do tamanho de um tucano, que também cruzou a pista, o pássaro azul foi o mais lindo que já vi.

Assim foi a viagem, amigos, um dia inteiro defrontando gostos e desgostos na relação urbanismo-natureza.

Buscando dentro de mim os momentos em que essas fronteiras estiveram equilibradas, os melhores momentos da vida.

Na cidadela, o coreto e a igrejinha no topo da praça central, rodeados por árvores antigas, bancos com nomes de famílias e fazendas, a sorveteria, a imobiliária, a prefeitura, o posto, o restaurante caseiro, casinhas aqui e acolá...a simplicidade. 

Daí que no meio da tarde a vó Aninhas me liga, pra desejar bom dia das crianças e recebe a surpresa de que eu estava lá, na terra que o filhote dela escolheu pra viver, ficou toda alegre: - Ve se ainda tem vagalumes, filha...enche uma garrafa com água da nascente pra vó...lembra da noite que passamos na estrada?

-Lembro vó...lembro de tanto momento bom...lembro de tudo, vó...
-A vó também lembra...(e lembra mesmo)

Chegou logo depois o Seo Zeca, de falar enrolado e ideias desenroladas, com muita simpatia nos levou até o ponto zero, desenhou o mapa do sítio, falou das demarcações, do rastro de mata derrubada pela "luz" para instalar os postes e fios, contou das duas nascentes e da medição que não sobe a montanha: - o gps atravessa reto, ele não conta a subida.

Passou por nós o único vizinho, com sua esposa, disse que lembrava do Fausto, que proseou muito com ele e que olhava a terra sempre, porque gostou do moço...pois o moço morreu? Tão novo...

-O moço morreu, sou a filha.
-Sou o vizinho, se precisar de alguma coisa liga. E seguiu estrada...
-Alguém ainda tem o telefone do vizinho?
-Ixi! 

O sítio em Sete Barras virou floresta, mata fechada, só entram o vento, o sol e a chuva...mata linda e cheirosa, com todo tipo de árvores e pássaros, se os espíritos existem, o papai deve sempre passear por lá. 

A mamãe dirigiu bravamente, porque segundo ela, os mais velhos tem mais experiência ao volante e nestas estradas isso é necessário, a Mazi, minha amiga irmã, nos acompanhou, também bravamente, cruzando mapas pra encontrarmos os caminhos, contando histórias pra refletirmos outros caminhos...obrigada, meninas pela companhia, incentivo e apoio nessa empreitada tão importante. 



12/10/13
Ana Rocha














segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A menina que tinha sete vidas

Era uma vez uma menina que tinha 7 vidas.
Algumas vidas ela gastou sem saber, parece até que gastaram por ela, mas não, ela escolheu morrer.

Dizem que cada tristeza capaz de apagar a luz que vive no fundo dos nossos olhos, leva uma vida embora. Ninguém sabe se é verdade, mas a menina acredita.

Hoje a menina tem 4 vidas e você deve querer saber como ela acendeu a luz dos olhos pra ter direito a reviver.

Porque as vidas são assim, existem, mas só inflamam se você acender a chama e atuar em seu foco de luz e sua sombra também. 

As três vidas da menina se foram assim:

Uma vida foi com o pai.
Acendeu a próxima com o amor da família.

Outra vida foi com a necessidade de amadurecer.
Acendeu a próxima com a vontade de viver.

A terceira vida foi muito, muito triste, foi com a escolha da morte para continuar a viver, matou por dentro o que a fazia sofrer.
Está acendendo a quarta com a alegria e o riso que ela reaprendeu a fazer florescer.

A menina das 7 vidas agora voltou a construir graça, afrouxar sorriso e disparar gargalhadas, a menina faz queimar bruxas do passado, explodindo seu lado escrachado, a menina quieta tem dentro dela uma louca, louca pela vida, tão louca que faz enlouquecer quem por perto estiver, faz dançar, bater palmas, ficam boquiabertos os mais desconfiados, a menina palhaça das 7 vidas, deixa todo homem enamorado.

Era uma vez uma menina que todos os dias reaprendia a viver, reaprendia a amar, reaprendia a voar, que todos os dias nascia de novo e fazia sete vezes sete vidas existirem, todos os dias, muitas vidas vivia, num dia só.


domingo, 8 de setembro de 2013

Conto sem nome ou Pedaço de realidade ou Nua pelo meu país ou A Leoa dos Leões ou Vênus e a Lua

Vênus veio namorar a Lua, um sorriso e uma piscadela, pureza e vivacidade, como a pouco, quando nos vimos pela primeira vez. 

Eu, você e o acaso, no instante fantástico de tudo o que nunca até então acontecera. 
Eu presa, você livre, nós completamente desconhecidos, talvez, inteiros. 

Desejei, piegas, que o tempo parasse para que eu pudesse te saber com o olhar; desejei, cafona, que o mundo desaparecesse e enquanto você sorriu ao meu lado, só existiram nuvens dançadas, balanços despidos, vastos horizontes, bicicletas brandindo sinetas, flores insinuantes, Vênus e a Lua. Dividida, acalentei meu desejo, desejando em verdade, atear-lhe fogo e flamejar em si.

Agora era fatal, nos encontramos e fiquei assim...

Você, sem me avisar, 
apareceu tão nu diante de mim,
agora eu era louca pra te amar 
e o tempo era um moroso passarim.

Reaprendendo a voar, revivi por segundos minha antiga liberdade no brilho do seu falar, contos adoravelmente vivos, como os que volto a cantar.

Você tão Vênus, eu tão Lua,
Você plantando cores, construindo ninhos,
Eu plantando vento, cultivando redemoinhos,
Você tão pleno, eu tão crua.

Eu insosa, repetindo dias sem sabor,
colada em verdades findas,
pela metade,
vestindo saudade.

Você sagaz (ou alheio?), todo fervor,
temperando os meus sentidos,
exalando verdade,
vivendo de amor.

O tempo feito brinquedo, assoprava um segredo, coroava meu sonho, instigando o imaginar, enquanto dormia, pra quando acordar. 

Desperto dos meses em que estive à bordo de um navio fantasma, com escombros sombrios, três grandes incômodos vazios, os pés frios, o olhar morno, acorrentada a dois espelhos e seus reflexos infinitos, monstros, apontando meus pesadelos. Ancorada na tristeza de dores não imaginárias, supliquei por terras acolhedoras, não existiam, pisei no falso, divaguei descalça, cai no oco com as asas quebradas, mas enquanto mergulhava no desconhecido, pude voltar as vistas para o mundo e percebi lá fora pedaços da minha felicidade, flutuando com peixes tão estranhos quanto ela mesma me parecia. 

Acordei sereia, aportei, enxuguei o mar que escorria no rosto, guardei mais um punhado de saudades no bolso, voltei a Ser, una com meu querer e meu acreditar.

Agora eu era luz e você o cavalheiro que veio honrar meu renascer, sim, me dê a mão, vem me ver reflorescer, eu e sua nobre simplicidade faremos a-manhã-ser.

'Agora era fatal que o faz de conta terminasse assim', pra cá deste jardim é de festejo que não tem mais fim e eu louca a perguntar se o mundo é sempre sábio, enfim... 

Eu enfrentava os batalhões, sabendo o que é que a vida vai fazer de mim, a gente agora já não tinha medo, nada mais era segredo, Eu vencia assombrações, era a leoa dos leões, agora eu era além, estava linda e com ares de atriz, andava nua pelo seu país.

Antes que Vênus venha namorar a Lua outra vez, teremos enamorado nossos lábios, nossa pele, nosso suor, saltaremos encantados do maior precipício que existe, batendo asas juntos, pela primeira vez e pela primeira vez teremos aventuras infinitas como peixes e como pássaros, como felinos, como meninos...serão todas maravilhosas, enquanto maravilhosas forem, pois 'pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz.'


Ana Rocha
8.9.2013



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pegadas

As pegadas que a vida vai deixando em nós, são trilha para o centro do labirinto escuro dos versos não rimados, dos restos mal resolvidos do apressado viver. 

25/08/2013
Ana Rocha

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Silêncio Vala: quando a única opção é dizer adeus.


Há um silêncio raro nas feições de quem vai embora.

Silêncio prece, 
silêncio saudade, 
silêncio sem volta, 
silêncio santidade. 

Há um silêncio claro nas mãos de quem não mais está.

Silêncio contraste, 
silêncio cortante, 
silêncio presente, 
silêncio constante. 

Há um silêncio profundo nos olhos de quem ficou. 

Silêncio instável, 
silêncio comovente, 
silêncio notável, 
silêncio incoerente.

Há silêncio paradoxo no encontro entre a vida e a morte. 

Silêncio inquieto, 
silêncio fala, 
silêncio vento, 
silêncio vala. 

Há um silêncio no peito, no jeito, na cara, um descarado silêncio quando a única opção é dizer adeus.
 
Silêncio cura, 
silêncio entendimento, 
silêncio ternura, 
silêncio renascimento.


...



...Silencio...adeus, pessoas queridas, um brinde ao que de vocês viverá eternamente em mim. 

Aos que ficam, que o silêncio seja vosso amigo, que pouco a pouco traga nas boas lembranças, memórias vivas e vidas novas para os próximos dias. 


Homenagens:

À Família  Barganian - sogra amiga, educadora leoa, que me deixou de herança a bravura pra realizar o que cremos ser correto. 
À Famíla Taira - que me ensinou ao longe o amor fraterno, na briga ou na paz, na saúde ou na doença, na fé ou na descrença, família é ouro!

Com imenso carinho,
Ana Rocha

agosto de 2013.




Escreva-se

Descontraia, dance, faça música na estrada, a vida é curta demais pra viver acelerada.

Desacelere, veja as belezas, não só pela janela, desça do salto, caminhe descalço, pedale, mergulhe, vá livre e vá de mãos dadas, corra um pouco só pra sentir o vento, abra bem os olhos e o brilho do sol vai entrar sem pedir licença, vai chorar às vezes pra lavar as tristezas e um rio de lágrimas cristalinas vai lavar também sua alma, cada sorriso que brotar depois da grande tempestade, nascerá mais vivo e com mais vontade.

Cuida de si, seja doce com o outro, seja fera se for preciso, mas doce ainda assim, cuide da sua natureza, cultive verdes, rosas, lilases, acolhe a vida ao seu redor, alimente o mundo com seus dons, faça o que ama, diga o que ama, ama e aceita quando te dão amor, a vida é muito curta, use logo a roupa nova, ouça: a vida é muito ligeira pra esperar, faça acontecer. 

Toque sua música, construa sua história, a vida amanhece em branco, escreva-se.






Ana Rocha
22 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

Reflexo pousado

Cidade
Oca
Fria 
Pausada
Silenciosa
Vazia

Cidade 
Rouca
Reflexo
Pousado
De alma
Sombria




Ana Rocha - 28/07/2013



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Drops

Encantam-me as horinhas desta noite
instante onde o inverno repousou
inspiro o aroma deste chá fervente
capim-cidreira que o jardim brotou 

Bate-papo bom, cheiro de alecrim
voz, melodia, doce comoção 
tenaz, suave, tal como jasmim
desfaço meu penar nesta canção 

Cora-me o corpo de miúdas ternuras
pós dias de fria batalha mansa
vem acalanto em mil aventuras
entrego-me ao fado como criança

Doravante, mulher imperatriz
Senhora das estrelas de anis


.
Ana Rocha - 25/07/2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tecelagem


Concedo aos dias largas passadas
bordando calma nova memória
fiando contos das minhas fadas 
com alegrias em valsa história.

Começo hoje uma travessia
tecendo tramas bem afinadas
cosendo em ouro as melodias
dançando ao canto das passaradas.




Ana Rocha - 01/08/2013


<iframe src="http://player.vimeo.com/video/58291553" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe> <p><a href="http://vimeo.com/58291553">A bird ballet</a> from <a href="http://vimeo.com/neels">Neels CASTILLON</a> on <a href="https://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>

sábado, 20 de julho de 2013

Louvor aos meus amigos I e II

Amigo

Sombrinha da luz clara do sol
Fundamento ao meu florescer
Palavras ungem como farol
Desvelando o amanhecer. 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Causa: agente eficaz que dá existência ao que não existia ou Força maior

Nosso jeito atormenta
a tolice crescente
de quem se sujeita

Nossa cola é a arte
e esse fogo nos olhos 
que ela verte e alimenta

Nosso anseio é a brasa
que excita, latente
o vulcão que rebenta



.
A Rocha
19/07/2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

Conta de sonhos

Conte as silabas poéticas,
conte tudo de uma vez.
Quantos pés tem car-nei-ri-nhos? 
Cinco? Sete? Dois ou Seis?

Qual a tônica da lua? 
Conte tudo quando em vez. 
Tem haikai que nasce torto,
vive sem ser japonês.

Tem verso de pé quebrado?
Conte mais de uma vez. 
Cante para vir o sono,
car-nei-rinhos, um, dois, três. 

Conte enquanto cai a chuva,
cante de olhos fechados,
veja o sonho esperado,
viva o imaginado. 

Conte tudo outra vez. 

Zzzzzzzzzzzzzzzzzz...

Shiiiiiiiuuu, ela dormiu. 


AR. 

sábado, 29 de junho de 2013

Sutilezas soltas

Sonhei uma moça de cabelos pretos como cajau, como carvão, como cacau, ondulados, soltos como vendaval. 

Moça com saia de flores, de rodopiar, 
que cobre as canelas e descobre o perfume do luar em cada passo dançado, no compasso do seu próprio cantar. 

A moça sorria uma larga felicidade, malemolente, vagarosa, toda prosa e poesia nos olhos de quem a via. 

Fitas, firulas, flauta, violão 
Anéis, bandolim, tilintar
de sonhos e sons, sonhos
e sons azuis. 

Azul grave, costurado por sutilezas (sim)tilantes das memórias da moça feliz.



AR. 

Ana Rocha 
(Para Eliana Rocha em resposta a Estrelas Azuis)