quinta-feira, 30 de maio de 2013

Vou mudar o mundo...

O mundo me enfurece
por isso vou mudar
trocar tudo de lugar.

Colocar o sonho no lugar da vida.
Meter na mala pouca roupa 
e alguma comida.

Subir num trem que atravesse o globo 
plantando em todo canto, 
sementes de girassóis.

Vou fazer os corações enxergarem,
os pés dançarem,
os pensamentos voarem.

Trocar o tato pelo olfato,
o paladar pela visão,
o sonho pelo fato,

tornar o imaginário real
reviver memória movimentando retrato,
plantar frutas em praças e jardins. 

Vou armar barraca pra fazer feira de troca,
aprender a tricotar,
fazer pão e dançar polca. 

Fazer amigos,
revelar segredos,
e encontrar sentidos.

Vou duelar com o medo e vencer,
depois sairei cantando e
em todo lugar por onde eu passe,
despertarei sorrisos,

vez por outra alguém terá ataque de riso,
juntos vamos gargalhar, até perder o fôlego. 

Vou correr pra sentir o pulsar no céu da boca,
muitos dirão que sou louca,
por isso poderei chorar de vez em quando,
mas nunca deixarei de acreditar. 

Vou mudar o mundo,
a começar por mim. 


A.R. 28/11/2013


Menção honrosa no 16º Prêmio Cidadão de Poesia, tradicional concurso promovido pelo Sinecol, Categoria Livre - estadual. Limeira/SP.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Delicada ternura

Na terna delicadeza da arte encotro meu encantamento.

Escolho o ser contente, o imaginário tornado real pura e simplesmente, do corpo ao seio da vida, ao manifesto mais sutil que há na gente. 

O peso do mundo enquadrado, prostrado em imagéticas impossibilidades, desdenho, com todo meu discernimento. 

Diligente, construo este dia enquanto desenho em livre pulsar, os demais, faços-os coloridos, risonhos, exagerados e com toda beleza que houver. 

Para além dos palcos, piso firme o tablado da estrada, desvelo mundo afora a riqueza que brada O Invisível de mim. 

Na delicada ternura da vida encontro arte sem fim. 

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Arte de cenas assim...






AR.